No último dia 31 de julho, parte da diretoria da Sociedade Numismática Brasileira e alguns associados visitaram a fábrica de papel moeda Blendpaper, responsável por fornecer todo o papel de segurança utilizado pela Casa da Moeda do Brasil para produção do nosso dinheiro.
Durante a visita, o especialista em Pesquisa e Desenvolvimento Acacio Bannvart fez uma apresentação institucional sobre a empresa, seu processo de produção, além de mostrar as instalações físicas da fábrica, que possui a máquina mais antiga em operação do país, datada de 1889.
Acácio contou que o primeiro lote de papel moeda produzido no Brasil foi enviado para a Casa da Moeda em 1978, para produção das cédulas de cruzeiro, e explicou a diferença entre um papel comum e um papel moeda.
Segundo ele, os papéis de segurança – e não apenas o papel-moeda, mas também os utilizados para produção de passaportes, cheques e outros documentos – possuem elementos de segurança que são introduzidos na sua produção para dificultar falsificações, além de contar com sua produção e distribuição controladas.
Entre os elementos de segurança que já saem da fábrica estão a ausência de fluorescência, a marca d´água, as fibras de segurança e algumas reações químicas específicas. Alguns outros elementos são incorporados durante a impressão do dinheiro na Casa da Moeda.
A grande curiosidade da visita foi a explicação sobre como é feita a marca d´água, já no processo de produção do papel. Ela é formada pela maior ou menor densidade das fibras de celulose durante o processo de fabricação: quanto menor a densidade, mais clara aquela área fica e, quanto maior a densidade, mais escura.
Além do papel moeda, um dos chamados papéis de segurança produzidos pela empresa, a Blendpaper também produz papéis finos (de papelaria comum), especiais (como lixas) e premium (para embalagem).
Durante a visita, o presidente Gilberto Tenor e o vice-presidente Bruno Pellizari convidaram oficialmente a Blendpaper para participar da 5ª edição da Convenção Internacional de Historiadores e Numismatas, que será realizada no Rio de Janeiro, em 2025.