Os primeiros registros brasileiros de “colecionadores” de moedas datam da metade do século XIX. Chamamos de registros, mas são simples citações de alguns nomes em jornais. Por outro lado é quase certo que a data inicial é mais antiga, mas ainda não localizamos a prova. Esses colecionadores pioneiros estavam localizados nas áreas mais desenvolvidas do nosso país. Entre outras regiões citamos Salvador, Rio de Janeiro, Minas e São Paulo. Resumidamente relacionamos a existência do acervo numismático dos Imperadores, que passou para o Museu Nacional; a coleção da Biblioteca Nacional do Rio, que em 1922 passou para o Museu Histórico Nacional hoje nosso maior acervo numismático.
Registramos também que houve exposições industriais nacionais com algumas coleções de moedas e medalhas. Os acervos particulares, em menor número, também eram importantes. Entre esses citamos em especial a coleção Meili. Já tratamos desse tema em outras oportunidades, mas vamos repeti-lo devido a importância do mesmo. Julius Meili, 1839/1907, suíço de nascimento, morou no Brasil e colecionou moedas, estudou e divulgou seus conhecimentos por meio da obra de referência para a numismática luso-brasileira O Meio Circulante no Brasil 1645 a 1900, editada em três partes e ricamente ilustrada. Parte da coleção Meili constituiu o início do acervo numismático do Museu do Banco do Brasil. A obra de Meili é o início do estudo da nossa numismática com normas e técnicas de pesquisa visando objetivos científicos.